Meu pai, meu exemplo

“Meu pai não tinha educação
Ainda me lembro
Era um grande coração
Ganhava a vida
Com muito suor
E mesmo assim
Não podia ser pior

(…) E todo dia
Antes do sol sair
Eu trabalhava
Sem me distrair
As vezes acho que
Não vai dar pé
Eu queria fugir
Mas onde eu estiver
Eu sei muito bem
O que ele quis dizer
Meu pai, eu me lembro
Não me deixa esquecer
Ele disse

Marvin, a vida é pra valer
Eu fiz o meu melhor
E o seu destino eu sei de cor”

(Marvin – Titâs)

Pais e mães são nossa primeira referência e, mesmo depois de adultos, podem ser nosso principal modelo de comportamento para a vida e o trabalho. A gente aprende com eles tudo. Aprende por meio do que falam – conselhos e histórias que compartilham, o tom de voz, vocabulário, sotaque… Mas principalmente com o que fazem, com o exemplo que oferecem no dia a dia, com as pequenas coisas, com aquilo que fazem sem consciência, ou “automaticamente”, pequenos gestos que ficam registrados na nossa memória…

Até que um dia a gente se percebe fazendo algo bem parecido. Você já se deu conta de que faz algo como seus pais faziam? Não há nada errado nisto, mas é bom ter consciência de que nos hábitos, costumes e comportamentos podem ser herdados. Um jeito de se vestir, de pentear o cabelo, o jeito como a gente gosta do café, as músicas de que gosta…E isso se aplica também a forma como nossos pais lidam com o trabalho: é apenas uma obrigação, um sacrifício, serve apenas para pagar as contas, ou tem alguma satisfação, realização pessoal, quem sabe até uma paixão?

Mariana Pereira, jornalista, 37 anos, conta que a alegria de seu pai em sala de aula sempre a impressionou. A imagem dele animado, gesticulando, colocando toda aquela energia nas aulas de faculdade sempre vem à sua cabeça quando pensa sobre seu trabalho “é preciso ser feliz com o que se faz!”.

Mas também pode-se aprender comportamentos prejudiciais. Por exemplo, seu pai sempre reclamava na hora de acordar e ir trabalhar e ao retornar, reclamava novamente do chefe, do horário, do colega de trabalho, do salário, mas passou a vida no mesmo trabalho. Ou, um exemplo diferente pode ser o pai que trabalhava muito e sempre queria mais, ficava feliz com cada novo compromisso e desafio. Mesmo que não ganhasse muito e a vida fosse difícil do ponto de vista material.

E tem outro tipo de influência que é mais perceptível ou mais consciente. Essas a gente escolhe usar na vida. Já usou algum aprendizado que teve com seu pai em situações de trabalho? Eu desde cedo aprendi a ter responsabilidade e dedicação ao meu trabalho. Eu via meu pai se arrumando para trabalhar ou viajar (ele viajava muito) e eu acha aquilo o máximo. Resultado: acabei escolhendo como profissão uma área similar a que ele atuava e viajei muito. Rs! Minha relação com o trabalho sempre foi de muita responsabilidade e dedicação. Aprendi até o que não devia, me envolver tanto com os desafios profissionais e diminuir o tempo dedicado à família. Ainda bem que eu percebi “esse desvio” a tempo e consegui ajustar a rota a tempo! Sou feliz e grata por tudo que aprendi com o meu pai: o que levo e aplico no meu trabalho e o que não quero que esteja presente no meu dia-a-dia.

Muitas pessoas não tiveram a oportunidade de conviver com pai e mãe, mas outras figuras exercem o papel que o pai ou os pais teriam na vida. Pode ser um avô, tio, padrasto, irmão mais velho, professor, chefe… Fato é que até durante a infância e juventude somos muito susceptíveis a influências e aprendemos apenas de observar e conviver os adultos ao nosso redor. Daí a importância de cercar as crianças de bons exemplos de todos os tipos.

E você, o que aprendeu com seus pais e leva para o trabalho? Quer ter mais consciência de seus comportamentos no trabalho? Gostaria de não repetir certos gestos que seus pais tinham? A Moove pode te ajudar a se aprofundar essa reflexão e a conhecer melhor a origem de comportamentos, atitudes, sentimentos. E quem sabe, se libertar de bagagens indesejadas e carregar apenas o que julga valioso para seu desenvolvimento profissional?

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